Síndrome Pós-COVID – Dor, mialgia, cansaço, fadiga, mal-estar – Aprenda mais #reabilitacao
Síndrome Pós-COVID – Dor, mialgia, cansaço, fadiga, mal-estar – Aprenda mais #reabilitacao – Você já ouviu relato de pacientes recuperados da COVID-19 e que ainda precisam de acompanhamento médico porque a vida não voltou normal? Então acompanhe esse vídeo que vou falar sobre a síndrome pós-covid que acomete muitos pacientes.
Eu sou o Dr. Marcus Pai da clínica Dr. Hong Jin Pai, Centro de dor de São Paulo e estou aqui para mais um vídeo da série Dr. Marcus explica.
Síndrome Pós-COVID – Dor, mialgia, cansaço, fadiga, mal-estar – Aprenda mais #reabilitacao
Não são só os pacientes que necessitam de longas internações para superar a covid que enfrentam uma condição especial chamada de síndrome pós-covid.
Até mesmo quem superou a contaminação pelo corona vírus ou desenvolveu forma assintomática da doença pode sentir sintomas diferentes que aparecem até quatro semanas depois da doença. Cansaço, fadiga crônica, dificuldades no pensamento ou concentração, cefaleias, enxaquecas, dores de cabeça inespecíficas, perda de olfato persistente, vertigem, mal-estar inespecífico, taquicardia, dor torácica, dor peitoral à respiração, dor muscular difusa, mialgia, dificuldades na respiração com tosse seca persistente, até sintomas psicológicos como depressão ou ansiedade e muitas vezes até uma febre sem razão específica, são sintomas que pioram após atividades físicas ou mentais e que podem surgir nesses pacientes.
Ao falarmos sobre uma causa, é preciso começar com uma das hipóteses levantadas sobre ação do coronavírus em nosso corpo. Pelas observações de outras infecções como a do zika vírus, se supõe que o organismo que sofre ataque do corona desencadeia uma resposta inflamatória.
O vírus se liga a receptores de membrana que estão em células de diferentes órgãos. Essa conexão causa uma verdadeira tempestade de liberação de citocinas, essas substâncias ativam diversos mecanismos de defesa, como
recrutamento de leucócitos.
A partir disso, acontece uma cadeia complexa de eventos que caracteriza a inflamação. Na busca de retomar o controle do corpo é acionada uma resposta anti-inflamatória e que tem por objetivo evitar que aconteçam inadequações no retorno dos órgãos à normalidade. Porém , o organismo sofre uma redução da eficácia do sistema imune em meio a respostas inflamatórias e anti-inflamatórios em um grande embate.
O pouco que se sabe ainda sobre a síndrome pós covid pode ser em decorrência de pouco contato dos médicos com aqueles que apresentam forma menos agressiva da doença, que por isso acaba não participando de estudo de acompanhamento a longo prazo, contudo, em um estudo realizado em Paris, 478 pacientes após quatro meses da alta hospitalar mostrou que metade deles relatou sentir pelo menos um sintoma que não lhe ocorria antes de ter desenvolvido a doença.
Trinta e um porcento dessas pessoas informaram sentir fadiga. Usando uma escala de 1 a 5 para avaliar a intensidade da fadiga, a equipe obteve a média de 4,5, ou seja, número elevado. Em Roma, outro estudo com 143 pacientes, entre 19 e 84 anos mostrou que cinquenta por cento se queixou de fadiga, quarenta por cento de falta de ar e até trinta por cento de dores articulares pelo corpo.
Surgiram também menções à cefaléia, taquicardia e ansiedade. Já na Inglaterra, 134 pacientes foram divididos em três grupos de acordo com os sintomas prolongados que relataram aos investigadores. Como em dois desses grupos os sintomas estavam apenas relacionados a sintomas psíquicos, como ansiedade, distúrbio de sono, alteração de humor e problema na memória e simultaneamente desacompanhadas de indícios de alterações bioquímicas, os pesquisadores afirmam que os aspectos neuropsiquiátricos da síndrome pós covid não devem ser negligenciados.
Quem foi acometido por covid-19 e convive com uma fadiga incessante e outras disfunções por cinco semanas, ou mais, precisa de atenção. Um clínico geral deve ser consultado e é recomendada a realização de um teste sorológico para descartar uma infecção.
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Alguns exames podem ser solicitados, como exame de sangue e exames de imagem para descartar outras patologias que podem estar mimetizando, ou seja, imitando os sintomas após covid. Um hemograma, por exemplo, é útil. Ele avalia os hepatócitos e também as células do sangue. Uma vez que a anemia pode se manifestar como dificuldade respiratória, a contagem de hemácias através de hemograma é fundamental para sanar a dúvida.
O exame de ecocardiograma também pode ajudar a descartar eventuais doenças cardíacas ainda não diagnosticadas que podem dar fadiga, cansaço e falta de ar. Se for o caso de os sintomas estarem em vigência por três meses, uma investigação mais aprofundada deve ser iniciada. Além disso, especialistas da área de pneumologia, neurologia, psicologia e reabilitação física precisam acompanhar o quadro.
Apesar da síndrome pós covid ser praticamente um mistério, é possível lidar com a fadiga, proporcionando ao paciente um balanço adequado de descanso e exercício moderado, não ultrapassando as limitações físicas do momento. Fisioterapia respiratória associada a uma fisioterapia motora pode ser interessante em uma fase inicial.
Uma terapia imuno modulatória pode ser utilizada desde que ocorra no ambiente hospitalar. Ela consiste na aplicação intravenosa de imunoglobulinas e outros agentes químicos reguladores do sistema imune.
O vídeo de hoje encerra por aqui. Fique atento a novos conteúdos do canal, compartilhe com seus amigos e familiares e
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