O que é o Metaverso do Facebook
O que é o Metaverso do Facebook – O metaverso voltou a ser um foco recentemente,
quando o Facebook renovou seu compromisso com um projeto que junta realidade virtual
e realidade aumentada pra permitir que usuários habitem verdadeiros mundos digitais juntos.
Mas o que é esse metaverso?
Será que esse não é um termo que é puro
marketing?
Ou já existe algum pronto pra uso? Esse é o Entenda, o quadro do TecMundo que
explica o que tá por trás das notícias que você lê todos os dias lá no nosso site. Pra começar, nada melhor do que analisar
a palavra em si. “Meta” vem do grego e significa “além
de” ou “depois de” alguma coisa. E o “verso” vem de universo, então estamos
falando de um ambiente digital que é uma evolução de tudo o que a gente tá acostumado
até agora. O metaverso então pode ser chamado de um
universo digital compartilhado e com experiências variadas, totalmente imersivas, interativas
e muito realistas. E eu não tô falando de realismo gráfico
necessariamente, mas sim em tarefas e possibilidades de ação mais naturais e com a presença
de elementos que estão no seu cotidiano, como lugares reais, marcas que existem fisicamente
e movimentos mais dinâmicos do seu avatar. O lugar é esse espaço coletivo que recria
experiências reais a partir da integração de várias ferramentas. Não é exatamente um jogo ou uma rede social,
mas sim um ecossistema mais vasto e que pode incluir essas duas coisas, se você quiser. E claro que tudo isso ficaria ainda mais imersivo
em Realidade Virtual, mas isso não é necessariamente obrigatório. E a presença de marcas é o que mais desperta
a atenção das próprias marcas, já que significa maior espaço de exposição de
produtos, parcerias de divulgação e acordos a preços altos. Pense em um MMORPG. Dependendo da complexidade daquele universo,
você pode criar um avatar com características físicas bem personalizadas, talvez até parecido
com o seu eu de verdade, e passear por um mapa super variado para batalhar, explorar,
conversar. Mas existe sempre uma limitação, uma certa
quantidade de coisas que você pode fazer ou então um direcionamento que o próprio
game tenta te empurrar — tipo uma campanha, missões com boas recompensas e por aí vai. Mas e se você quisesse só ficar de boa no
mapa, convivendo pacificamente com os outros? E se, além de um ou outro NPC, todos os avatares
ali fossem pessoas também dispostas a isso? Em vez de virar obrigatoriamente um mago ou
cavaleiro, você poderia, sei lá, abrir uma taberna e gerenciar as coisas por lá, ou
virar um músico na praça da vila. Eu sei que parece tudo meio abstrato, e é
mesmo, mas é assim que podemos imaginar a ideia de metaverso mais próxima do que temos
hoje. Indo em um exemplo que já existe: Fortnite. Claro que ele continua sendo um battle royale,
com as partidas até sobrar só um jogador sendo o destaque absoluto. Mas pense na quantidade de avatares personalizados,
de marcas e franquias que já fizeram parcerias com a Epic Games. Ou então na promoção de eventos, como os
shows de artistas badalados como Ariana Grande. Se isso for expandido, talvez pra uma área
em que combate não seja prioridade e você possa só passar o tempo, esse pode ser o
primeiro metaverso de uso massivo e duradouro que veremos. O termo se originou em um livro chamado “Snow
Crash”, escrito em Mil Novecentos e Noventa e Dois por Neal Stephenson. A obra tem uma pegada cyberpunk e fala do
chamado Metaverso como uma espécie de sucessor evoluído da internet, com maiores possibilidades
de interação e avatares com mil e uma possibilidades de ação. O termo pegou e foi adotado pela indústria. E é bem seguro dizer que o primeiro grande
experimento nesse sentido aqui na vida real foi com Second Life, o fenômeno das experiências
virtuais lançado em Dois Mil e Três. A gente já fez um vídeo aqui no Entenda
para explicar o que era esse serviço, que ainda existe e tem uma comunidade muito fiel. E o Second Life meio que cumpria todos os
requisitos do conceito de metaverso, faltando só segurar as pessoas no mesmo lugar. Hoje em dia, podemos considerar que Roblox
e Fortnite estão tentando virar metaversos, expandindo cada vez mais as experiências
e simulações, mas ainda tem um longo caminho pela frente. E, claro, agora sabemos que o Facebook está
na jogada com olhos para o futuro. E o timing não é coincidência: a pandemia
da covid-dezenove ajudou muito a impulsionar essas ideias, já que ficamos muito mais em
casa para realizar atividades de trabalho ou lazer. Alguns filmes também já imaginaram esse
cenário. Obras como Tron, Matrix e o Avatar do James
Cameron apresentam uma visão dessas simulações virtuais supercomplexas e cheias de possibilidades. E claro que tem ainda o programa Oasis de
Jogador Número Um, que é originalmente um livro e virou filme nas mãos do Steven Spielberg. No ambiente dessa obra, você pode logar simplesmente
para passar um tempo e dar uma passeada, sem ser obrigado a participar de uma partida de
qualquer coisa. Mas qual o futuro disso tudo? Bom, ainda é cedo para dizer se tantos projetos
conseguirão sair do papel, mas uma coisa é certa: muita empresa por aí vai falar
que a sua plataforma é um metaverso só para entrar na onda, então cuidado com esse tipo
de marketing. Já a rede social do Zuckerberg tenta faz
alguns anos ser meio que uma “pequena internet”, concentrando notícias, bate-papo, vídeos
e o que eles acham que seria tudo o que é necessário para alguém se manter online. Não deu tão certo ainda, mas conhecemos
recentemente o último passo. O Zuckerberg comentou que deseja construir
o tecido que conecta diferentes espaços digitais e superar as limitações físicas. Um dos exemplos iniciais que vimos foram as
salas de videoconferência Horizon Workrooms, que ainda são bem cruas e limitadas, mas
podem ser adotadas para quem trabalha de home office. E o blockchain tem um potencial muito alto
dentro da construção e manutenção de metaversos, já que a descentralização de informações
e a possibilidade de implementar uma economia própria tem tudo a ver com esse conceito. Em resumo, o metaverso ainda é algo muito
abstrato e que corre o risco de virar uma daquelas palavras que é bonito de falar,
mas difícil de ver na prática. Por outro lado, pelas informações e os exemplos
que temos hoje, pode resultar sim em algumas experiências bem interessantes. E aí, o que você acha dessa ideia de metaverso? Toparia participar de um ambiente digital
assim? Que ferramenta você gostaria de ver virando
um “mundo dentro de um mundo”? Vamos conversar aqui embaixo nos comentários! Não se esqueça de deixar o seu joinha no
vídeo, se inscreva no canal para mais vídeo como esse e confira a playlist do Entenda
para saber do que a gente já falou por aqui. Até a próxima!
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